sábado, 13 de dezembro de 2008

Pleasure spiked with pain

É difícil descrever o que sinto morando aqui na Suécia. Sinto uma dor imensa ao perceber a minha ignorância e, por outro lado também sinto alívio ao percebê-la.
Quero melhorar, quero saber mais, sobre tudo... sobre mim e sobre o mundo!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Be yourself is all that you can do




A maior angústia que existe é a de não viver a própria vida e de não dar o melhor de si a si mesmo. A maior traição fingir que não se sabe o que se quer. Angústia é ver a própria vida escoando pelos poros enquanto o tempo se arranca indiferente, totalmente indiferente a tudo!
Acho que o tempo, ao contrário do que dizia Einstein, é a coisa mais absoluta que existe. Ao menos é absoluta a certeza de que ele passa independente de qualquer querer.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Pessoas


Pelo tanto que as quero, pelo tanto que me influenciam e me modificaram, parece-me que nos conhecemos há anos! Mas não, tem poucos meses, algumas dezenas de dias e já estamos muito além das aparências, em algum lugar que ainda não sei o nome, num lugar para o qual eu ainda não inventei nome, mas que já tem raízes enormes que fazem cócegas deliciosas interior de mim. Sim, talvez o nome do lugar que estamos construindo nessa velocidade estonteante seja cócegas interiores, e me encanta esse lugar!
Desamprendi a contar e a ler a data, a organização e o método me abandonaram (por favor, me visitem de vez em quando, sinto saudades! Oh, organização, método, pessoas!) e meu coração se enche totalmente quando as vejo - porque vocês se fizeram indispensáveis pra mim, além do lugar e do tempo... Aparecem do nada, do mundo, sem qualquer sinal ou campainha, as que eu menos espero e também sem que eu espere já não me incomodam suas vozes diferentes, seus sotaques difíceis. Ao contrário tomo gosto, e quero mais daquela melodia, dos textos no celular, das fotos no facebook, dos comentários, dos status. Mas, principalmente, das vozes no ouvido e dos textos no celular.
Me conhecem profundamente, me lêem, me interpretam, me missintermpretam-me, me apóiam, me acham e me juntam. Recolhem meus cacos. Colam de novo e fica tudo melhor do que era. É difícil explicar, mas é das melhores sensações que posso sentir.
Me encorajam, me salvam, me desvitimizam, me fazem abrir o peito, expor a cara, ser eu, o mais profundo de mim e, assim, viver da única forma possível, que é a verdadeira. A minha própria verdade, me respeitando e sendo fiel a mim mesma.
Também me estressam, me julgam, me rejeitam, me alienam, me irritam profundamente, me fazem doer ao perceber o quanto sou normal, ingênua, ignorante, burra, estúpida, indiferente, fútil e superficial. Me fazem chorar. Me fazem perceber o quanto são normais. E como eu não vi nada disso antes?!
Me fazem crescer sem perceber. E me fazem querer crescer mais, conscientemente. Muito além da língua, mas com o entendimento da língua e a união que a língua traz são capazes de chegar ainda mais perto e dividirem tanto! Finalmente entendo a expressão língua-mãe. Finalmente entendo tantas cosias.
As que foram deixadas para traz não estão atrás de nenhuma. Ao contrário, só foram empurradas mais um pouco para o fundo do coração.
Sei que muitas vão achar tudo isso ridículo e meloso. Vão me achar agressiva, esquisita, masculina e aparecida. Outras, já me acham normal – e isso me dói tanto, quero ser especial o tempo todo! Aberta demais, exposta demais e isso me amedronta. Mas, no final, vão ter aquelas que vão achar lindo, enérgico, brilhante, encorajador e que vão agradecer e me abraçar (nem que seja em pensamento). E, apesar de não ser apenas pelo abraço que estou aqui, o abraço, o conforto que ele traz, a sensação de que fui útil de alguma forma, é muito maior que o medo bobo (mas aterrorizante) do julgamento.
Pessoas me deixam contraditória: me fazem sentir saudades, mas também me fazem querer ficar.