segunda-feira, 26 de abril de 2010

V.I.P

Hoje foi embora de Lund alguém que teve importância considerável na minha vida. Não foi exatamente importante por quem é ou pelo que é, mas pelo que (me) fez.

Sabe o que fez? Me fez saltar assim... pluft! dos 15 para os 29(na época).
Me fez perceber o quanto eu havia crescido. Me mostrou que eu realmente aprendi muito com tudo que vivi até ali. Sim, o quanto eu sou MA-DU-RA! E o mais massa disso é que, talvez pela própria matureza, tal percepção se deu sem sofrimento de nenhuma espécie.

Minto. Talvez uma pequena desilusão por esperar (sempre) que as pessoas sejam transparentes e corretas comigo como eu sou com elas. E isso só porque eu, teimosa, desafiei a minha intuição, que me bipou lá bem no início de tudo. Ah! Tb não me crucifico. Eu tava mesmo num mood de me aventurar.

Mas acho que essa pessoa não sabe da importância que teve. Acho que se acha muito mais importante do que, de fato, foi pra mim.

E a sensação que tenho é que só daqui a muitos anos, quando nos reconhecermos em algum canto do mundo, vou lhe dizer: você foi só uma pessoa ordinária, eu é que estava no meu momento. Aliás, não. Isso é o que eu diria hoje, na pequena maturez que acumulei. Em muitos anos, estarei madura demais para dizer qualquer coisa.


"Mas timing é tudo na vida. E eles estavam descompassados. Ela queria apenas uma garantia de encontros casuais. Já ele, não queria nem isso."
'
Amanda Ourofino

sábado, 17 de abril de 2010

Medo de morrer de bonde

Estou agora em Budapeste com a Fabiana. Há tempos eu queria estar aqui.
Estamos em um hostel e essa noite uns alemães "#%¤§ foram super desrespeitosos e não paravam de fazer barulho. Eu pedi a eles para silenciarem, mas nada adiantou. Então pedi para que qualquer coisa os fizesse parar até que uma hora eles se calaram.
Depois daqueles barulhos desconfortáveis de gritos e música ruim, houve vácuo silêncioso e sonolento onde ruídos da minha mente ecoaram despertos de um longo sono.
Me lembrei de tempos há 10, 11 ou 12 anos. Períodos em que eu fui muito triste, em que eu senti muita dor e em que eu fui extremamente sozinha. Mas que, ao mesmo tempo, eu tive o que me sustentasse e permaneci de pé e não parei um minuto e fui em frente.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Cruzamentos



Ali, naquela mesma esquina, em tardes assemelhavelmente escuras, ouvi coisas muito distintas:

Pára, pára, pára!
x
Por favor, não para!
...
Não parei e nem quero parar.
Espero trombar em você outras tardes e outras horas do dia. E da noite.
Porque nessas trombadas pode ser que a gente se encaixe,
tenho fé que a gente se encaixe,
acho que vamos nos encaixar.
Vamos, nos encaixar?
Sigamos, encaixados, só até quando estiver bom!

Por favor, não pare você também!