domingo, 7 de dezembro de 2008

Pessoas


Pelo tanto que as quero, pelo tanto que me influenciam e me modificaram, parece-me que nos conhecemos há anos! Mas não, tem poucos meses, algumas dezenas de dias e já estamos muito além das aparências, em algum lugar que ainda não sei o nome, num lugar para o qual eu ainda não inventei nome, mas que já tem raízes enormes que fazem cócegas deliciosas interior de mim. Sim, talvez o nome do lugar que estamos construindo nessa velocidade estonteante seja cócegas interiores, e me encanta esse lugar!
Desamprendi a contar e a ler a data, a organização e o método me abandonaram (por favor, me visitem de vez em quando, sinto saudades! Oh, organização, método, pessoas!) e meu coração se enche totalmente quando as vejo - porque vocês se fizeram indispensáveis pra mim, além do lugar e do tempo... Aparecem do nada, do mundo, sem qualquer sinal ou campainha, as que eu menos espero e também sem que eu espere já não me incomodam suas vozes diferentes, seus sotaques difíceis. Ao contrário tomo gosto, e quero mais daquela melodia, dos textos no celular, das fotos no facebook, dos comentários, dos status. Mas, principalmente, das vozes no ouvido e dos textos no celular.
Me conhecem profundamente, me lêem, me interpretam, me missintermpretam-me, me apóiam, me acham e me juntam. Recolhem meus cacos. Colam de novo e fica tudo melhor do que era. É difícil explicar, mas é das melhores sensações que posso sentir.
Me encorajam, me salvam, me desvitimizam, me fazem abrir o peito, expor a cara, ser eu, o mais profundo de mim e, assim, viver da única forma possível, que é a verdadeira. A minha própria verdade, me respeitando e sendo fiel a mim mesma.
Também me estressam, me julgam, me rejeitam, me alienam, me irritam profundamente, me fazem doer ao perceber o quanto sou normal, ingênua, ignorante, burra, estúpida, indiferente, fútil e superficial. Me fazem chorar. Me fazem perceber o quanto são normais. E como eu não vi nada disso antes?!
Me fazem crescer sem perceber. E me fazem querer crescer mais, conscientemente. Muito além da língua, mas com o entendimento da língua e a união que a língua traz são capazes de chegar ainda mais perto e dividirem tanto! Finalmente entendo a expressão língua-mãe. Finalmente entendo tantas cosias.
As que foram deixadas para traz não estão atrás de nenhuma. Ao contrário, só foram empurradas mais um pouco para o fundo do coração.
Sei que muitas vão achar tudo isso ridículo e meloso. Vão me achar agressiva, esquisita, masculina e aparecida. Outras, já me acham normal – e isso me dói tanto, quero ser especial o tempo todo! Aberta demais, exposta demais e isso me amedronta. Mas, no final, vão ter aquelas que vão achar lindo, enérgico, brilhante, encorajador e que vão agradecer e me abraçar (nem que seja em pensamento). E, apesar de não ser apenas pelo abraço que estou aqui, o abraço, o conforto que ele traz, a sensação de que fui útil de alguma forma, é muito maior que o medo bobo (mas aterrorizante) do julgamento.
Pessoas me deixam contraditória: me fazem sentir saudades, mas também me fazem querer ficar.

7 comentários:

Alessandra Teixeira disse...

Sou mesmo um cliché, não há como fugir!

Amanda disse...

EEEEEE!!!

Tb tenho blog amiga!

Amei o seu blog, amei o seu texto... me sinto assim tb, tantas vezes!!!

E a saudade aperta mais um cadinho aqui desse lado do atlântico!!!

Beijos mils

Amanda disse...

Ah, esqueci de dizer... sou eu, Amanda!!!

;-)

Anônimo disse...

Texto maravilhoso, energizante, motivador, incômodo pra cassete (principalmente com relacao à busca da verdade interior), enfim, me fizeram "cócegas interiores". Bjs, Ju.

Anônimo disse...

Oi, AlÊ!!!
Quantas saudades!
Sou eu, Luciana, irmã da Ju. Muito bom ouvir notícias suas, especialmente por meio de um texto tão lindo, tão seu... Fico muito feliz em saber que vc tá feliz, se encontrou, está cada dia mais vc... Parabéns mesmo, pela escolha e pela coragem!!

Amanda disse...

Ei...
Atualiza!!!

Saudades muitas...

Beijo

Unknown disse...

Pq vc abandonou seu blog?!?!!?

volta, volta, voltaaaaaaaaaaaaaaa