segunda-feira, 22 de março de 2010

Do tamanho do mundo

Sabe qual é a melhor coisa de fazer novos amigos e de conhecer pessoas de quem genuinamente gosto e com quem me importo?

Eu cresço!

Não, não tô falando de crescer no sentido de amadurecer, de aprender coisas novas com pessoas diferentes, de diferentes culturas e tal.
Estou falando do tamanho dos meus sentimentos. Porque... eu não sei como funciona para as outras pessoas, mas, no meu caso, quando eu começo a gostar muito de alguém*, as outras pessoas de quem eu já gostava não são excluídas do meu gostar, tampouco meu afeto diminui por nenhuma delas.

O meu gostar é inflável e vai aumentando, aumentando, aumentando num coeficiente de elasticidade infinito até caber todos por quem eu vou me afeiçoando. E, é claro, cresço junto. Afinal, o gostar tá dentro do meu peito e, pra caber tanta gente assim, é preciso que o meu peito cresça em igual proporção. Ao menos o peito cósmico.

E, desse jeito lá vou eu, crescendo sempre e esperando nunca parar. Daqui a pouco sou maior que o mundo!




*É claro que estou falando de amor fraternal. No caso de amor casal (ou par) eu acho que sou excludente de outras pessoas. Aliás, não excluo, mas passo a sentir outro tipo de amor. Tipo: sinto amor-casal(ou par) por determinada pessoa... a partir do momento que outra pessoa vira alvo desse amor, passo a sentir amor fraternal pela determinada pessoa de antes. Entendeu?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Tamanho não importa

Resolvi, já há algum tempo, mas só agora, depois da virada dos 30 é que parece que a coisa encaixou: não to interessada em saber o tamanho das coisas que vou viver... Tudo vem no tamanho ideal.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Já sei chutar a bola agora só me falta ganhar

"Tudo que eu quiser, eu vou tentar melhor do que já fiz,
esteja o meu destino onde estiver,
eu vou buscar a sorte e ser feliz!"
Michael Sullivan

sábado, 13 de março de 2010

Antes dos 30

Estou passando aqui rapidinho para escrever alguma coisa antes do meu aniversário de 30 anos. Vou comemorar jantando e dançando em Malmö com os meus amigos e saio daqui a pouco.

Uma coisa que eu pensei foi em expressar os desejos para a próxima fase da minha vida.
Quero, com certeza, continuar no mundo, trabalhar muito, com coisas que eu acredito.
Quero saúde,
Quero amigos.
Quero viagens, viagens e mais viagens.
Só não sei ainda se quero um novo grande amor. Ainda não sei se estou preparada...

Mas a pergunta é: será que algum dia vou estar?
Ou melhor, será que alguém algum dia está ou é das coisas que se tem que se meter por inteiro, como fazemos nos banhos de dias frios e chuveiros estragados?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Outros trens

E, como já previa, eu ia ficar parada na estação até quando eu quisesse.
Como parei de querer, entrei em outro trem.
Trem.
E tá me dando uma vontade de que esse trem engrene.
Esse e mais uns outros aí, especialmente um outro, pq, se aquele engrenar, o segundo acompanha no embalo.

E eu percebo que há mais trem na minha mineirice do que eu supunha.

terça-feira, 2 de março de 2010

O pulo do gato.

Eu estava aqui: quieta, decidida. Tinha deixado tudo, tudo para trás e superado totalmente o desejo bobo por abraços aconchegantes que me acompanhou nas primeiras semanas do ano. Eu era só tese, trabalho, direitos humanos e humanitários. Às vezes yôga e tarot, meus amigos e minhas viagens. E estava feliz com isso, bem-resolvida nas minhas ocupações independentes e solitárias.

Aí vc chega com um jeito de quem não vai ocupar espaço nenhum, tipo sem fazer barulho, tipo na ponta dos pés... Tipo um gato que só vai tomar quietinho o seu prato de leite e depois partir em sua agilidade felínica. E, nessas condições, eu deixo vc entrar. Certa de que o meu papel seria simplesmente o de colocar o leite no prato e depois te ver saltar ligeiro para sei lá onde - e nem me importaria saber. Certa de que seria como um trem que atravessa a ponte, pára rápido e segue adiante.

Mas, seu tempo era outro. Você demorou e depois demorou mais e depois demorou mais ainda. E, ao invés de ter ido embora, ainda tá aqui, andando por lugares para os quais eu não dei passagem, mas que você, sem eu perceber, acessou com sua calma. E está deitado, esparramado, exatamente como um gato folgado! Gato que eu, agora, estou morrendo de vontade de afagar, mas receio que, se o fizer, vai embora assustado, com toda a sua desconfiança nos seres humanos. Ou que, de medo, me arranhe. Se ao menos você soubesse que tipo de humana sou eu...

Como eu pude confiar em mim? Como eu pude ser tão boba de achar que eu consegueria manter a minha guarda? Como eu não sabia que você, com toda a sua lentidão - e por causa dela-, ia fazer tudo acontecer tão rápido?!?