quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

fim.

Tô indo embora. Pra nunca mais voltar.
nunca mais.
Acabou quem era eu, até a última gota.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Legado

Dou adeus aos abraços apertados,
abrindo os braços ao seu legado:
LIBERAÇÃO!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Trechos roubados



Para que dizer alguma coisa se Drummond, com sua caneta, já abriu-me o coração?

"A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos."

Me pergunto: quando os desejos são correpondidos... de que cor é a tarde? Deve ser rosa!

De onde eu sou?

"Mundo, vasto mundo.
Mais vasto ainda é meu coração"*
que parece não ter lugar para caber
que não seja no centro da amplidão das esplanadas de sol e de vento desse Planalto que olho daqui; onde a maior parte do que eu sou e do que eu valorizo, parece ter algum sentindo.

Brasília, 10 de janeiro de 2010.



*Poema de Sete Faces
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Química é tudo... ou será física?

"Me pegue bem,
Misture alma e coração"

Grão de Amor
Arnaldo Antunes e Marisa Monte cantam.
Diz que foi composta por Carlinhos Brown e Marisa Monte

Depois de 29 de fevereiro...


Será que isso existe? Amor de verdade. Amor, de verdade... assim, daqueles que parecem de mentira? Daqueles em que as pessoas se relacionam e se respeitam? Respeito mesmo... sinceridade. Respeito mesmo na ausência de entendimento, concordância ou compreensão. Respeito no ciúme, na raiva... Repeito na insegurança. Daquelas coisas em que as pessoas se percebem inseguras e não jogam. OU, quando percebem, param o jogo. Daquelas coisas que as pessoas nunca irão diminuir a outra só porque elas mesmo estão se sentindo pequenas. Ou por nenhum outro motivo, já que se amam e se admiram e se acham grandes e querem que a outra pessoa sempre saiba disso e se sinta assim... Será que isso existe? Será?
Aquela coisa que as pessoas vivem e ficam maiores porque se somam - ou talvez até se multiplicam de bem infinito - enquanto estão vivendo. Enquanto estão vivendo, não para sempre. Ou para sempre, se para sempre for... o fato é que, não precisa ser para sempre, só precisa ser enquanto é real! Ou, citando o - tão batido, mas tão lindo e tão verdadeiro - texto do Poetinha: "que seja eterno enquanto dure".
Aquela coisa em que as pessoas são grandes e fortes quando estão juntas e são igualmente grandes e fortes quando estão separadas. Que não são metades, que são inteiros e individuais e que sabem que estão juntos porque querem e só por isso. Que respeitam o fato de serem indivíduos autônomos. Que aceitam o que não se quer dividir e que sentem gratidão imensurável por tudo que é dividido. Porque sabem que dividir é escolha e que é uma honra ter sido escolhido(a).
Aquela coisa que tem defeitos... mas que, na imperfeição e nos erros, faz dos envolvidos mais certos, porque eles se abrem, discutem, falam e aprendem. Aquela coisa que faz o melhor dos indivíduos vir à tona, mesmo que por caminhos, vez ou outra, tortuosos.
Aquela coisa em que as pessoas se sentem tão leves que são capazes de fecharem os olhos e flutuarem, se quiserem. Na verdade o peso agora está muito maior porque elas, mesmo sem se darem conta, estão levando o próprio peso e mais o peso do outro. Mas, o outro faz o mesmo. Então, por causa de alguma coisa mágica cuja fórmula oculta nenhum magnânimo das ciências exatas ainda foi capaz de desvendar, se pesa a metade do original. É... talvez o resultado dessa equação misteriosa seja o número desse amor que eu tô tentando falar. Vai saber. Vai sa-ber!
Sou das ciências humanas, então não me ocupa prová-lo. Me ocuparei é de experimentá-lo. Será que existe? E, existindo, será que resiste até depois de 29 de fevereiro? Ou será que depois de 29 de fevereiro vira 30 de fevereiro e pronto?
Espero que, algum dia na minha vida, eu acorde ao lado de alguém e perceba que é 1o de Março... apesar de todo o gosto e sensação de 30 de fevereiro.

Deus me ouça.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tik-Taq

tic-tac
tiq-taq
tik-tak

Meu corpo é um calendário,
que soa vermelho o despertar de novos ciclos



Te Lembra de mim...
tiq-tak

nos dias em que quiseres esquecer o relógio.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O primeiro de nem tantos



Hoje estou em Goiânia e fui a um casamento com o meu pai.
Durante a festa o noivo subiu no palco e disse que essa era uma data muito importante para a família dele porque os avós dele haviam se casado nessa data também, e os tios e tal. Aí ele repetiu algumas vezes 8 de janeiro, 8 de janeiro... E essa data ecoou em mim.
De repente, eu me lembrei: dia 8 de janeiro foi o dia que eu dei meu primeiro beijo. Há exatos 16 anos. Hahaha! Engraçado isso. Faz mais anos do que eu beijei na boca pela primeira vez do que a idade que eu tinha no dia do beijo.
É claro que, como geralmente acontece com os primeiros beijos, o meu também não foi bom. Credo, foi nojento, eu detestei! Depois de tanto esperar... depois de treinar chupando cubos de gelo, pegando azeitona da xícara com a língua. E o tal do beijo era... aquilo!
Era sábado à noite e eu encontrei o menino no shopping. Ele era bonito e gente boa. Não sei se era exatamente inteligente, mas tinha cara de inteligente. E era meio estranho, como eu até hoje gosto. E eu era a fim dele. Mas, ele não era o menino pelo qual eu era apaixonada... esse, acho que nunca imaginava que eu gostava dele e era meu amigo e não era nada estranho. Ele nunca me dava moral. Aliás, até dava, mas... na época eu era inocente eu nunca sacava. (E continuo não sacando na maioria das vezes. Só que agora eu não acho mais que sou inocente, só sou tonta mesmo :/).
Mas, o assunto é o beijo: o beijo foi babado... não me lembro quando começou. Só sei que era férias e o shopping estava bem vazio e que estávamos sentandos numa fonte, conversando. E, de repente, foi... mas não sei se foi de repente mesmo... não me lembro mais. Só lembro que foi nojento, babado, que eu fiquei com a cara melada e queria limpar mas tinha vergonha... e que não queria mais, mas não tinha como fugir. No entanto, me lembro que os abraços eram bons. Eram bons mesmo, de verdade... tanto que não esqueci. E percebo que isso tem muito valor. Até hoje gosto taaanto de alguns abraços, que acho que são eles que me fazerm ficar com vontade de beijar :)Mas, no dia do primeiro beijo os abraços não foram suficientes e eu fiquei aliviada quando chegou a hora de a minha mãe me buscar.
Maaaaaaaaas, para a minha grande surpresa, no domingo seguinte, exatamente 8 dias depois de eu ter deixado de ser BV -como dizem os adolescentes multimídia de hoje - fui ao mingau da boate da minha cidade e, quem estava lá: quem, quem, quem? O menino nada esquisito por quem eu era apaixonada.
E, numa surpresa maior ainda, quando começou a tocar as músicas lentas, ele me convidou para dançar.

E, me beijou. E foi bom, muuuuito bom! O suficiente para eu não querer mais parar.