segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O mar é meu


As línguas do mar lambem a terra, a areia...
Lambem a bunda das meninas, das metidas, das sereias
Lambem as pranchas, a parafina, a cabeleira...
E em ti eu me perco entre receio e desejo
Oh, mar, tens sede de que?
Qual é teu gosto? Que gosto é esse que procuras, que queres sentir?
Em ti me perco entre ficar e partir
Estará na perda a maravilha, o encanto?
Estarei em mim quando em ti? EStarei livre de mim quando em ti?
Em ti meus contornos são dissolvidos, e quando percebo já não sei mais se sou eu ou se sou ti.
Sou tudo, sou nada, sou do mundo, sou eu e sou Deus quando és meu e eu sou de ti.

Brasília, 06 de janeiro de 2006.

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