quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O que eu sei

Dissemos oi, depois de um tempo sem termos dito nada.
E aquele oi me fez lembrar o quanto é bom quando nos dizemos coisas, ou quando não dizemos nada, o cheiro, o sorriso, todos olhos e ouvidos.
E depois veio um adeus esquisito, mas que me trouxe a conta de que eu não queria mais os tempos de silêncio. E, como sou mulher de ir atrás dos meus quereres: fui!

Fui mesmo sem entender porque. Bem... fui sem entender, mas fui com sentir. Porque sabia bem dos batuques sacudidos daquele oi e do desencaixe agitado daquele adeus. Só que quando decidi ir, estava longe. Mas fui mesmo assim, porque sou mulher de ir atrás dos meus quereres e a viagem pro Brasil tava me mostrando que amanhã pode nunca passar de mera projeção. Então agora tornei-me mulher que vou atrás dos meus quereres incontinenti.

Disseram-me* que o Universo conspira a favor quando somos sinceros com o que queremos. Talvez por isso, dissemos oi de novo. Em seguida dissemos coisas e olhos e sorriso e lábios e cheiro e ouvidos e nada. Mais oi.

Também dissemos ciao. Dessa vez é ele quem pra vai longe. Tem data pra voltar logo. Mas nunca se sabe, também aprendi na minha mais recente viagem ao Brasil.

O que eu sinto, logo sei,  é que nosso ciao não teve jeito de adeus. Teve jeito de: olha, foi muito massa tudo que aconteceu entre nosso primeiro oi e esse momento de agora. Então, vamos simplesmente viver porque sabemos (eu sei e eu sei que ele sabe) que se for pra rolar, vai rolar. Sigamos tranquilos as nossas vidas que, quando for a hora, diremos oi de novo. Ou não. Em todo caso, o que já aconteceu foi catalogado como especial.

O que eu sei é que eu não tenho que me preocupar, se for pra valer, o Universo dirá amém.

Espera! É real, é pra valer: o Universo já disse amém.

GRATIDÃO!


*Quem me disse isso foi uma colega do mestrado do Tajiquistão. Mas ela disse que foi o Paulo Coelho que disse.

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