sexta-feira, 12 de junho de 2009

Déjà-vu

Acabei de escrever o post aí embaixo e quando olhei a data tive certeza: já vi essa cena, já tive essa sensação...
Há exatos 7 anos era copa do mundo não sei onde... mas sei que era em algum lugar distante, porque os jogos só passavam no Brasil no meio da noite. E eu sempre gostei de dormir cedo - com exceção dos tempos que andei fora de mim lá na Suécia.* E também sempre gostei de copa do mundo. O fato é que nesse dia de sete anos atrás, eu estava doente e resolvi ficar em casa e descansar, ao invés de ir com os meus amigos - e com um amigo mais especial que os outros - pra um bar assitir o jogo.
Não me lembro mais se eu queria assistir o jogo de casa... ou se só ia dormir mesmo.
Me lembro que estava muito doente... com aquela sensação que a doença dá de que se está muito vivo. Sabe aquilo... quando o corpo luta para combater a febre e a gente sente muito e sente tudo e sente tudo muito?
E no meio de tanto sentimento eu senti uma vontade imensa de dizer pra esse meu amigo especial o quanto ele significava para mim, o quanto eu o admirava, o quanto ele me fazia entender as coisas de uma forma diferente, o tanto que era bom tê-lo por perto. Entao, como quase sempre faço, resolvi escrever uma carta comunicando isso tudo.
E escrevi, e escrevi, e escrevi... no final havia um monte de coisas boas pra esse meu amigo.
E depois do final resolvi colocar a data.
Quando escrevi a data me dei conta: é dia dos namorados. E eu estou completamente apaixonada pelo meu amigo.
Entreguei a carta e escolhi a amizade.

Hoje escrevi e em seguida percebi que é dia dos namorados, assim como aconteceu naquele dia. Me lembrei dessa história, mas não me dei conta da mesma coisa de aquela vez. E queria ter dado... queria sentir muito, queria sentir tudo, como senti aquele dia.

Agora me veio um insight: DAR-SE CONTA. Acho que é isso. Preciso primeiro dar-me a mim mesma, para depois ganhar as contas.

*Estou em Barcelona, btw.

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